quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Engolido Pelo Medo

A saudade faz de mim um farrapo
E a mágoa dói até ao osso
Ninguém sabe como me sinto
Ninguém sabe porque minto
A verdade é a mais pura das mentiras
E bem no fundo se esconde o Amor
Não sei se algum dia serei a criação
Nesta vida sem imaginação

As escolhas que faço não são as melhores
Estão riscadas e presas aos muros
O meu corpo abriga um cobarde
A minha vida sobrevive da real fatalidade
Por vezes peço aos céus ajuda
Com as palavras mais sinceras que encontro
As respostas são invisíveis e perdidas
Pelo fogo consumidas

O meu futuro está comprometido
Está ligado à Dor e à solidão
A minha luta não terá fim
O meu ser será sempre assim
Hoje derramo lágrimas envoltas em medo
Finas teias onde me prendo
Caminho descalço sobre vidros estilhaçados
Choro momentos por mim quebrados


" Engolido Pelo Medo " - 27/10/08

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Reticências



O meu sonho remete-me para o rio. É aí que te quero encontrar um dia, de preferência se também tiveres a pequena esperança de me encontrar, quem sabe, sentado num banco a escrever ou a ver quem passa. Quero, um dia, olhar-te nos olhos e dizer, «Depois de tanto tempo sem ti, não é já altura de voltares a estar a meu lado?». Desejo, um dia, ser teu e que as minhas coisas sejam, também, as tuas coisas. Será pedir demais? Não creio, pois, a vida é feita de sonhos e de esperança, mesmo quando tudo parece destinado a acabar. És o meu destino, esta é a minha convicção. Chama-me o que quiseres. Acusa-me de não querer ver a realidade, mas este meu sentimento é único e nada vai mudar isso, nem a mais terrível das catástrofes. Talvez estas palavras não sejam suficientes ou entendidas, mas foram estas que escolhi para te dizer que estarás sempre no meu coração, bem no centro, rodeada de rosas, num jardim à beira-rio.

" Reticências " - 02/07/08

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Dois anos



Sim, precisamos de acordar e aprender a viver! Hoje é preciso Amar.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O Mais Forte Abraço

Faço minhas as tuas palavras
Faço deste lugar aquele onde vivemos
Hoje sou dono do tempo
E dos caminhos que pisavas
Este mundo reflecte os nossos erros
Pinta paisagens feitas de segredos
São estas as raízes do meu ser
Que por vezes se escapam entre os dedos

A verdade mora longe de nós
E é a mentira que nos transforma
A nossa procura é intensa
No caminho até à foz
As teias prendem-nos os braços
Quando tentamos atingir o céu
Talvez seja essa a nossa luta
Talvez seja a luta o mais forte abraço

Sigo em frente até ao mar
O espelho das nossas vidas
É lá que toco o infinito
E me deixo acalmar
O futuro pode ser totalmente diferente
Colorido e cheio de paixão
Um desenho livre e emocionante
Onde se vive, onde se sente


" O Mais Forte Abraço " - 30/09/08

sábado, 27 de setembro de 2008

Bom Homem

Bem homem, crescido e criado
Sereno numa cadeira de pedra
O mundo está à sua frente
Depois de um caminho amaldiçoado

Bom homem, deveras pensador
Está à espera do vento,
De companhia para começar a caminhada
De libertação da Dor

Bom homem, simples e apaixonado
Num dia de Inverno abalou,
Com um só desejo
De um dia voltar, amado

Bom homem, com gosto para a escrita
As tardes foram passadas a brincar com as palavras
Tinha jeito de poeta
De alma infinita

Bom homem, respeitador e pronto a Amar
Voltou num dia de Primavera
Coberto de flores
Na tarde em que a Morte o quis levar

" Bom Homem " - 22/07/08

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Foi aqui que recuperei a vida...

Hoje sorri e depois chorei. Apeteceu-me gritar até não conseguir mais. À pouco, sentei-me nas pedras frias da calçada e deixei-me levar pelo sol e pelo vento. Talvez, ainda hoje, vá correr em direcção ao infinito, correr na escuridão da noite à procura de vida e de respostas. E sabes, não me vou cansar, porque descobri que nunca me vou conhecer completamente, vou estar sempre em busca das minhas verdades.


" Foi aqui que recuperei a vida " - 07/09/08

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Verbo Viver

Amor, mata-me,
Ou traz contigo a luz definitiva
Não quero lutar e perder-te
Nem ouvir a tua voz vingativa

Vida, acorda-me,
Ou traz contigo uma névoa de esperança
Até hoje ainda não senti o teu paladar
Nem os teus ventos de mudança

Dor, devora me,
Ou traz contigo a cura
O teu pesar enche-me de raiva
E só vejo a solidão futura

Morte, leva-me,
Ou traz contigo uma oportunidade
Ás vezes o tempo mata
Mas o que quero é felicidade


" Verbo Viver " - 24/07/08

terça-feira, 22 de julho de 2008

Caixa de Sorrisos

Tenho uma caixa cheia de coisas minhas. Algumas parecem ser um pouco insignificantes, outras engraçadas, mas todas têm algo em comum. Para mim são pedaços de felicidade, e sempre que a abro surge um sorriso e muitas saudades, seja de uma simples ida à praia ou de algo mais forte e sentimental. Por vezes não nos apercebemos, mas os momentos mais simples são aqueles que vamos recordar mais tarde, são os momentos mais simples que fazem as grandes recordações, e aquela caixa está cheia desses pequenos momentos. Até um pacote de açúcar nos pode deixar a viajar pela aquela tarde soalheira de Domingo, quando encontrámos alguém que não víamos há anos e que decidimos tomar um café para colocar a conversa em dia. Ás vezes é um bilhete de concerto ou uma flor que nos ofereceram. Tudo isto nos dá força para vivermos mais um dia, mesmo que estejamos tristes.
Tenho uma caixa cheia de coisas minhas. Onde me encontro com a Vida, onde recordo momentos longínquos. Tenho uma caixa cheia de coisas minhas, cheia de amigos, cheia de Amor. Cheia de coisas que me fazem sorrir e sonhar.


" Caixa de Sorrisos " - 22/07/08

sábado, 19 de julho de 2008

Fotografia

A maré traz consigo uma suave brisa
Uma maresia fresca e selvagem
Toca nossos corpos abraçados
Embrulha teus cabelos entrelaçados
Nesta praia somos um só
Somos o mundo e o espaço
Não quero nunca sair deste lugar
Estes momentos nunca apagar
Lutei tanto para chegar aqui
Foram imensas as palavras e os afectos
Hoje sou quem sempre quis ser
Sou poeta, sou amado, só por te pertencer


" Fotografia " - 02/07/08

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Kept in a Box

Through the pain you will see
Another box filled with memories
And in the skies you'll draw
Everything little thing that you saw
There's so much you can do
If you just let it be true
The clouds will be your stairs
When you'll find someone you care

And the stars will find your way
Between the lines of romance
Words can hit you in the face
But nothing can avoid your place

Things are not the same anymore
Every street, every shore
The fire is rising in the skies
Waiting for the love in your eyes
We have lies written in books
And histories stuck in hooks
Now it's the time to open your mind
And choose something to leave behind

And the stars will find your way
Between the lines of romance
Words can hit you in the face
But nothing can avoid your place

" Kept in a Box " - 07/07/08

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Fear of the Dark




Hoje há magia em Lisboa. Um só pulmão. Milhares de vozes em uníssono.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Última Chamada

Nunca pensei que isto fosse terminar assim. Sempre tive a esperança de um dia gritar «Vitória!». Mas não, tudo não passou de um sonho. Acabo sozinho, triste, sem nunca ter ganho o quer que seja. Acabo sem Amor, e acabo com este sofrimento que me atormentou ao longo destes últimos meses. Nada conquistei mas tudo perdi, o Amor, a felicidade e o sucesso. E agora que percebo que estou no fim, estes derradeiros suspiros nunca foram tão reais e dolorosos. Esta aceitação só mostra aquilo que sou, e que fui, fraco, angustiado, incapaz de lutar pela minha própria felicidade. Fui um homem com todas as condições para ser alguém, mas consegui perder cada uma dessas oportunidades. Acima de tudo, o que me consome nestes últimos minutos em vida é o arrependimento. São as recordações de alguns momentos em que tive a sensação de ser feliz. É a frustração por ter lutado pelo Amor e este não ter sido correspondido. Choro o que um dia desejei ser. Choro cada um dos meus defeitos, cada coisa que, realmente, gosto, música, a escrita, amigos, até o clube do meu coração. Hoje tudo isto vai ser passado, o amanhã já não vai nascer, pois não sei se existe algo mais. Há um tempo atrás disse «Até já», hoje digo «Adeus»...


" Última Chamada " - 01/07/08

sábado, 28 de junho de 2008

Amanhã à mesma Hora

Encontro-me despido de sentimentos
E do calor dos objectos
Hoje estou ultrapassado pelos tempos
E pela necessidade de afectos
Os meus dias são passados na lembrança
De uma tenra felicidade
Sou um pedaço de alma querendo mudança
Num mundo de falsidade
Raramente sentimos Amor no ar
Ou ternura nos retratos
Assim nunca iremos voar
Apenas viver num mísero acto

A verdade surge sempre no fim
Replecta de segredos e histórias
A mentira continua a viver dentro de mim
E talvez um dia se transforme em memórias
Essas teias que não param de tecer
Vestígios de uma enorme Dor
Não quero depois perecer
Sem nunca ter vivido um Amor
Este meu testemunho é mais um Adeus
Mais palavras e tristezas
Talvez um dia sejam reais meu Deus
Num mundo futuro de paixões e certezas


" Amanhã à mesma Hora " - 28/06/08

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Corrida

Sinto-me distante de tudo. Até das coisas que me pertencem. Tudo parece vindo de outra terra, de outro planeta. O calor dos objectos já não é o mesmo, e nem a luz do sol é tão forte e clara. Sei que a minha alma está fraca e que os meus olhos estão gastos, mas nada disto faz sentido. Ainda ontem senti todas estas coisas, e hoje estou vazio, indiferente de tudo.
Saio de casa. Passeio por entre centenas de pessoas, pessoas que não se olham, que não sentem, apenas caminham em direcção à futilidade. Será que me está a acontecer o mesmo? Será que esta frieza se apoderou, também, de mim? Eu que sentia tudo, mesmo os mais "insignificantes" momentos. Era tudo tão verdadeiro, único. Agora, esta vida, não passa de uma travessia sem destino ou propósito. Uma vida onde a única certeza é a Morte e onde o Amor está longe.


" Corrida " - 29/05/08

sábado, 17 de maio de 2008

Roses on a Bed

These are roses for your lost friend
The one that should be here
He was alone, he was like you
And the only way out
He found with a shout
Now there's no turn back
You didn't pay attention
And so he's gone

There was a time for us to see
All the things he wanted to be
But today's the day that we knew
What is like to be true

In his grave he rests
For those who feel the same way
He was the first to go
But many others will blow
Now you think about the past
And how it went so fast
Do you remember him by your side?
Keep that image in your mind

There was a time for us to see
All the things he wanted to be
But today's the day that we knew
What is like to be true

There was a time for us to see
All the things he wanted to be
But today's the day that we knew
He was true


" Roses on a Bed " - 18/05/06

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Olhos de um Castanho Aguado

Ainda não percebi o porquê de tanta luta se no fim nada vale a pena. Se os sonhos se desfazem e aparecem os pesadelos. Porquê tanta luta se a única coisa que oiço são «nãos» e pedaços de alma a caírem na terra? Já não sei mais o que dizer. Sinto-me cansado, abatido. No entanto, sempre que vejo uma nesga de luz, a esperança renasce, mas, rapidamente, se transforma em pó, para me deixar perdido e abandonado.
Gostava de perceber o Amor. De descobrir os seus recantos e caminhos. Adorava que este meu Amor não fosse um combate, um combate de onde só eu saio magoado. Quero tanto chorar. Tanto. Molhar a minha face com palavras, gestos e imagens. Lágrimas de Amor ou, talvez, sofrimento.


" Olhos de um Castanho Aguado " - 16/05/08

terça-feira, 6 de maio de 2008

Leif Erikson


Há músicas que nos surpreendem e outras que nos fazem gritar. Há aquelas que nos fazem sorrir e outras que nos deixam lágrimas nos olhos. Umas servem para sonhar e viver e outras para libertarmos fantasmas e medos. Mas, são aquelas que nos encaixam na perfeição que nos fazem ver quem realmente somos, e como nos sentimos, tristes e vulneráveis ou felizes e esperançosos. Música é vida, é esperança e liberdade. Sem ela não temos identidade.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Abril, Lágrimas Mil

Novamente o meu quarto escuro. Aqui estou eu, perdido outra vez. A chorar lágrimas de paixão e de mais uma derrota. E é tudo tão pesado. Hoje senti o fim e foi terrível. Aquelas palavras desceram sobre mim e caí, redondo, no chão. Nunca me senti assim. Sem esperança, vazio e derrotado. Nunca me senti tão só. Sim, sinto-me sozinho e desesperado e fraco. Hoje quero desaparecer. Voar para bem longe e, talvez, nunca mais voltar.
Porque tem de ser tudo tão difícil? A vida, o Amor e a tragédia. Porque será que na derrota não somos mais fortes? Meu Deus, é tudo tão difícil. E esta noite vou pairar sobre o ontem. Vou recordar, com saudade e mágoa, o passado. Vou viver tudo de novo, nem que as lágrimas voltem a molhar a minha face. Não sei se algum dia tudo será perfeito, mas sei que, consciente ou inconscientemente, vou esperar e vou desejar tanto esse dia. Porque é muito mais fácil esperar do que desistir.
A minha face está abatida e os olhos reflectem uma alma destroçada e cheia de Dor, à procura de um abrigo. Alguns pedaços de coração caem sobre o chão, frio e cru, do meu quarto. São os fragmentos do meu ser, na mais pura das tragédias. As lágrimas ajudam-os a desaparecer e o pensamento tenta esquecer, por hoje, o que se passou. Tento fechar os olhos e descansar, porque dormir vai ser impossível.


" Abril, Lágrimas Mil " - 21/04/08

http://olhares.aeiou.pt/simply_red/foto1770890.html

sábado, 19 de abril de 2008

Submundo

O som das máquinas rompe com o silêncio
A urbe ganha vida e entusiasma-se
Eu acordo e olho dia
Sem ter noção da realidade
Nunca saí deste quarto escuro
Nunca fui à procura do mundo
A única fatia de vida que abraço
É a luz tímida que atravessa a janela
As palavras que oiço lá fora
São apenas ruído para os meus ouvidos
Não quero saber de segredos dos outros
Pois os meus já me deprimem
As paredes que me cercam
São feitas de mágoa e arrependimento
E cada lágrima que em mim nasce
Percorre o corpo em busca do coração
Este desabafo é igual a tantos outros
São confissões de gente angustiada
Hoje escrevo para não chorar
Amanhã leio para não esquecer
Aqui o tempo transforma-se em pó
E tudo parece tão distante
Os dias, as horas e os minutos
Tudo e todos desvanecem e não vivem
Os meus passos são curtos e secos
Incapazes de me projectar
Tudo o que olho parece tão irreal
Mas neste quarto vou viver até um dia voar


" Submundo " - 23/02/08

quinta-feira, 17 de abril de 2008

A Minha Terra

Passeio ao longo de caminhos velhos e destruídos pelo tempo. Estradas de terra por onde já passaram tantas gerações, tantos dialectos e tantas colheitas. Por aqui, desabrocharam paixões e nasceram tragédias. Estes ruas são feitas de histórias, testemunharam promessas, guerras e reconciliações. Ao pisar estas pedras e esta terra sinto o poder dos tempos e nada parece tão real. Este local é o único que me dá esperança e me faz crescer. É aqui que olho o céu e vejo o infinito.


" A Minha Terra " - 10/04/08

sexta-feira, 11 de abril de 2008

A Love, a Flame, an Eye

If no one can help you
Catch the sparks around your soul
And if you close your eyes
You'll see things so high
You are the beautiful love
A rush of blood to the head
There's no one like you in here
Please turn around and erase our fear

Open your arms and touch the mind
Open your arms and touch the mind

I want you to be the light
The unforgettable truth
Cause this wish means a lot
It holds the fight of a thought
The living is not so well
There's demons across the room
Help us fight the shame
You are the secret flame

Open your arms and touch the mind
Open your arms and touch the mind

Open your arms and touch the mind
Open your arms and touch the mind


" A Love, a Flame, an Eye " - 10/04/08

A Ruína

O meu coração bate sem pressa
E todo o meu corpo adormece
Esta noite vou regressar ao passado
E alterar o que me deixou derrotado

Sei que nunca mais vou voltar a ver
O céu e o mar
Mas se conseguir entrar no pensamento
Irei descobrir como travar o vento

Uma desgraça nunca vem só
Traz com ela a dor nua
Que no chão frio se deita
E uma alma enfeita

Não quero mais voltar a sofrer
Nem sentir o peito tão pesado
Quero ver os sonhos como estrada
Quero ser a luz na alvorada


" A Ruína " - 08/04/08

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Nuvem

Amanhã vou morrer
Amanhã quero voar
Não há nada que me prenda aqui
Apenas dor, confusão
Os meus olhos estão há muito vendados
Impedidos de ver o sol
A luz toca-me a face
Ofusca-me o presente
À noite choro o que sou
Imagino quem serei
E quando o sol nascer
Irei perguntar como será o amanhã
Aos olhos dos outros sou um deles
Despreocupado e talvez feliz
Mas em casa dou por mim perdido
Em mares de erros e mágoa
Tudo isto não faz sentido
Não fiz nada para o merecer
Mas talvez seja a única forma de aprender
A não dar tudo de mim
Preciso de me proteger
Sem entrar no obsessivo
Lá fora vive tudo o que quero
Cá dentro vivem tristezas
Já pouca coisa me faz sorrir
Neste mundo em desespero
Nada parece mudar
Nesta vida de saudade e dor
Amanhã quero morrer
Mãe, amanhã digo adeus
E as lágrimas que em mim vão escorrer
Quero-as para lavar o mundo


" Nuvem " - 13/02/08

terça-feira, 8 de abril de 2008

I Still Remain

Just as I forget your name
You always come asking for more
Your words fill me up with anger
And nothing seems like it was before
My voice tears the ceiling apart
And you struggle to avoid it
I left you behind
Cause you've broken my heart

Come, bring your shots
I'll close my mind
From your bullet-shaped thoughts

I always wanted to start form the beginning
But yo were always here
and you never realized you loved me
Until the day you saw me running
I've nothing to say
I've done it all
I did everything I could
It's time to fly away

Come, bring your shots
I'll close my mind
From your bullet-shaped thoughts


" I Still Remain " - 19/02/08

domingo, 30 de março de 2008

O Sonho


São tão breves os momentos que nos enchem de invencibilidade. São breves e frágeis. Capazes de nos dar esperança, de nos fazer sonhar. Mas ao mesmo tempo de nos deixar impotentes e receosos.
O pensamento dispara para o futuro. Traça linhas rectas acerca desse momento e do que ele pode transportar. Talvez beijos à beira-rio, abraços ou caminhos por entre jardins iluminados pela luz do sol ou pelo luar. Uma vida repleta de Amor.
É tão bom sonhar. Percorrer cada sonho segurando a tua mão. Mas só mesmo à noite, enquanto durmo e vivo fora da realidade, pois essa magoa e mata-me. Adoro o que sinto quando sei que vou estar contigo. Adoro abraçar-te, pois a saudade sente-se no abraço. Um dia, quem sabe!? Porque quando pensamos que já não há esperança algo nos acorda. Quando ouvimos aquela música e sentimos um aperto no peito, um aperto dos bons, sonhamos. Mas, é quando ouvimos a voz daquela pessoa que temos a certeza do que sentimos. Quando ela pede desculpa ou nos deixa um beijo, quando sorrimos ao ouvir cada palavra que sai dos seus lábios. Aí sim, acordamos, sonhamos, amamos.


" O Sonho " - 30/03/08

segunda-feira, 17 de março de 2008

Something I'm Used To

And I keep on waiting
For pleasant rivers
As I look for truth
Around everyday breeders
There's not a chance
To slip away unnoticed
So I'll try to recover
The last remaining decision


" Something I'm Used To " - 2005

domingo, 16 de março de 2008

Suburb

Picture me on an airplane
Moving towards the sun
Picture me upon the stars
So close to heaven, so close to hell
I'm wrapped on a mix of feelings
Surrender to my will
Tell me if you don't feel a thing
Just because I'm your friend
I cannot bear your dreams
My demons run free
And my shadow stays in me

Divide me on the edge of a mountain
Check my strength and push me
See me falling from your ache

Don´t believe the truth in you
You know you're wrong
I fall and sing a song
About perdition and life
Together in a brutal fight
We are not the waiting
We don't live in isolation
The falling sensation is so overwhelming
Fall with me to the rest of our peace

Divide me on the edge of a mountain
Check my strength and push me
See me falling from your ache


" Suburb " - 2005

segunda-feira, 10 de março de 2008

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Toque

Falta-nos o toque. Sentir que alguém está por perto. Falta-nos saber que tudo pode ser nosso, que tudo pode ser diferente. Que tudo pode mudar e evoluir. Falta-nos sentir, criar e amar.
Hoje vivi o impossível, sonhei. Percorri os recantos do meu ser. Sorri, chorei e sorri outra vez. Nunca tinha vivido as minhas recordações de forma tão intensa. Recordei tudo, as coisas boas e as más também. Gritei e ri até me doer a barriga. Hoje, sonhei com a vida, com aqueles momentos que nos tornam únicos e que nos enchem de orgulho.
Faz-nos bem sonhar, percorrer o mundo e a nossa alma. Sonhar é a ponte da vida. É o que nos leva onde queremos ir um dia, com quem queremos estar, quem queremos ser. E hoje o mundo foi meu. Fui feliz. Hoje, sonhei com o futuro. Sonhei com o rio. Sonhei em beijos e abraços, e juras de Amor. Sonhei com o que quero fazer e como quero ser útil. Sonhei com a vida que anseio viver, que posso, um dia, sentir. E quando esse dia chegar vou olhar para trás e sorrir ao som destas palavras que, agora, escrevo.
Quero sentir, criar e Amar.


" Toque " - 07/02/08


terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Brisa

Se desta conversa sair derrotado
Não vou começar de novo
Vou antes tentar dizer adeus
A ti e ao passado
Vou tentar viver sem pesadelos
Só quero sonhos de ternura
Uma simples corrida cheia de sol
Onde traço desenhos e faço apelos
Não tenho intenções de desistir
Apesar de sentir um enorme vazio
Um dia serei rei e senhor de mim
Amor e confiança quero para sempre sentir
Por vezes olho o céu e conto as estrelas
Faço de conta que entre elas me deito
Por lá adormeço sem pressas
E dou por mim a tecê-las
Na vida estamos em constante sobressalto
O azar anda sempre à espreita
Basta-nos dar um passo em falso
Para cairmos no asfalto
Mas por vezes temos a certeza
Que um dia seremos felizes
E se lutarmos a valer
Acabaremos com a tristeza
Todos os dias me entrego de corpo e alma
A quem me quer bem
Mas se mesmo assim não me sentir completo
Volto ao rio que me abraça e me trás calma
São estes os sonhos que sinto
Quero ser grande e amado
O amanhã será mais um degrau
Para sair deste labirinto


" Brisa " - 15/02/08

Junto ao Rio

Alguém me chama ao fundo
Uma voz doce e calma
Alguém me chama no fundo da rua
Desta cidade minha e tua
Não sei se um dia vou voltar
A esta casa abandonada
Talvez quando seja diferente
Um homem novo, consciente

Quarto escuro, quarto íntimo
Aqui me encontro e sonho
E nestes meus sonhos escrevo a palavra Amor
Com saudade, com ardor
Lanço-me ao mar
Escondo o coração da dor
Afundo-me em canções de embalar
Vindas do teu cantar

Aquele banco junto ao rio
Será nosso um dia
Nele seremos o mundo
Um beijo profundo
Estas minhas palavras só têm um sentido
São únicas, verdadeiras
E se amanhã te encontrar
Serão tuas e do nosso Amar


" Junto ao Rio " - 07/02/08

sábado, 9 de fevereiro de 2008

As Palavras como Imagens



Quando pensamos que já não há esperança algo nos acorda. Quando ouvimos aquela música e sentimos um aperto no peito, um aperto dos bons, sonhamos. Mas, é quando ouvimos a voz daquela pessoa que temos a certeza do que sentimos, quando sorrimos ao ouvir cada palavra que sai dos seus lábios. Aí sim, acordamos, sonhamos, amamos.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

...

Se pudesse voar e sair deste sítio, este era o momento indicado. Toda a minha vida veio a descoberto esta noite. Hoje descobri quem sou. Descobri a pessoa que vive em mim. Esta noite, todos os meus fantasmas apareceram e fizeram de mim um homem indefeso e perdido. Perdido entre pensamentos e mágoa.
Tudo o que vivi e tudo o que perdi. Tudo o que fiz e o que não fiz. Tudo isto preenche o meu consciente e deixa o inconsciente à deriva. Estou perdido nesta minha aventura, nesta minha vida que, às vezes, parece não ser minha. Talvez o meu lugar não seja este. Talvez precise de partir e tentar encontrar um outro local onde possa respirar e ser livre. Aqui, sinto-me preso a tudo. Aos meus amigos, à pessoa que Amo, mas que não me Ama a mim, à minha cidade, a tudo. Mas também tenho medo de me afastar. Tenho medo que a separação me deixe mais triste.
Estou farto de me sentir sozinho. Estou farto de adormecer a pensar em tudo aquilo o que corre mal nesta merda de vida. Quero rebentar, explodir. Mas quando parece que finalmente vou conseguir fazê-lo, a minha alma aguenta mais um pouco. E assim vou vivendo. À espera que as coisas apareçam, por magia, à minha frente.

Sei que hoje agi mal para contigo, mas também sei que não o fiz por mal. Eu só quero que a nossa amizade resulte, apesar daquilo que sinto por ti. És muito importante para mim e tu sabes. Quero poder estar contigo e com os teus amigos, e esforço-me nesse sentido. Mas, às vezes é difícil, e tu nem sempre ajudas. Errei, desculpa.

Hoje descobri os meus erros. Hoje descobri aquilo que perdi. Esta noite, os meus fantasmas olharam-me e riram-se do que viram. E choro. Choro erros, paixão e desespero. Choro tudo aquilo que faz de mim alegre por fora mas de alma triste. E choro, choro para sempre...

Desculpa...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Importância

Eu não sei por onde andei/ Mas que importância tem?/ Estou parado, estou cansado/ Mas que importância tem?/ Amanhã é outro dia/ Mas que importância tem?/ Nunca fiz o que devia, nem o que podia/ Mas que importância tem?/ Toda a gente está presente/ Mas que importância tem?/ Traz-me aquilo que desejo, que cortejo/ Mas que importância tem?/ O desafio sempre partiu/ Mas que importância tem?/

Não consigo estar contigo/ Mas que importância tem?/ A minha vida anda perdida/ Mas que importância tem?/ Estar errado é ser amado/ Mas que importância tem?/ Tudo em volta sabe a derrota/ Mas que importância tem?/ Desesperado, estou quebrado/ Mas que importância tem?/ Não posso ter muito poder/ Mas que importância tem?/ Meu coração, minha canção/ Mas que importância tem?/ O amanhecer traz o perder/ Mas que importância tem?/


" Importância "

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Black




Porque sem música não vivemos. Porque tudo seria, ainda, mais complicado. Porque me acalma e me dá esperança. Para ti.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

A Cor da Realidade

Estou sem destino neste mundo
Percorrendo caminhos escuros e obsoletos
À minha frente vejo o nada
Vejo um espelho, uma vida desesperada
O medo que me acolhe
É o mesmo que me lança às feras
E o sangue que em mim corre
Pinta de vermelho a alma que em mim morre

A luz amarela do meu quarto
É feita de mágoa e melancolia
Esta folha de papel é o mar
Onde me acalmo e me deixo estar
Na escuridão do meu sono
Vejo fantasmas escondidos em árvores sem folhas
Armados de culpas e mentiras
Transformados em gritos de ira

O amanhã nasce para todos
E todos o vão viver
Para mim é mais um simples dia
Mais um um para me lembrar daquilo que sentia
Os quadros que pinto são negros
Borrados de uma ignorância imensa
E quando neles me deito
Encontro um fim a preceito

Em cada história que idealizo
Sou quem gostava de ser
Paisagens que nunca vou viver
Caminhos cheios de saber
Mas quando acordo
Tudo volta ao mesmo
Cai em mim a realidade
A minha única verdade


" A Cor da Realidade " - 06/01/08

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Pill

Dozens of shots through the air
Digging the dark with their silver wings
Riping the stars apart
Watching a broken heart
And if it's all over
The truth will lay down in beds of roses
...


" Pill " - 09/01/08

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Black

Sheets of empty canvas
Untouched sheets of clay
Were laid spread out before me
As her body once did
All five horizons
Revolved around her soul
As the earth to the sun
Now the air I tasted and breathed
Has taken a turn
Ooh, and all I taught her was, everything
Ooh, I know she gave me all, that she wore
And now my bitter hands
Chafe beneath the clouds
Of what was everything
Oh, the pictures have
All been washed in black
Tattooed everything

I take a walk outside
I'm surrounded by
Some kids at play
I can feel their laughter
So why do I sear
Oh, and twisted thoughts that spin
Round my head
I'm spinning
Oh, I'm spinning
How quick the sun can, drop away...
And now my bitter hands
Cradle broken glass
Of what was everything
All the pictures had
All been washed in black
Tattooed everything
All the love gone bad
Turned my world to black
Tattooed all I see
All that I am
All that I will be

I know someday you'll have a beautiful life
I know you'll be a star
In somebody else's sky
But why can't it be mine


" Black " - Pearl Jam/Ten

Para aquela pessoa

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Lanterna Vermelha

Desejo que algo me atinja
Mas com violência
Para me acordar desta vida
Para cair na realidade que é a minha alma
Estes são os pensamentos
De um homem sem caminho
Alguém incapaz de resolver o presente
Para salvar o futuro
Um dia disseram
« Magoei-me hoje, para ver se ainda sinto »
Estas palavras ecoam em mim
Como se se tratassem do destino
As lágrimas apoderam-se de mim
O peito começa a doer
Não sei como parar tudo isto
Sem me magoar outra vez
Da janela vejo a noite cair
Aquele escuro inevitável
Também ele se apodera do meu corpo
E leva-me a cada tristeza guardada
Nunca pensei em dizer estas coisas
Estas e tantas outras
Memórias e verdades actuais
De quem não sabe lutar
Desejo que algo me atinja
Mas com violência
Para me acordar desta vida
Para cair na realidade que é a minha alma


" Lanterna Vermelha " - 03/01/08

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Dia 1

Foram tantos os objectivos por cumprir. Promessas deixadas ao acaso. E lágrimas, muitas lágrimas. Mas também felicidade. Música, porque me acalma, liberta e exorciza cada um dos meus fantasmas; amigos, porque são família; a escrita, porque posso ser quem quiser e escrever sobre o Amor, a Morte e o Mundo; risos, abraços. Episódios que nos tornam únicos. Cenas para mais tarde recordar com saudade.
Hoje começa tudo de novo outra vez. Ou não. Provavelmente tudo será igual. Resta-nos alterar pequenos passos para que, talvez, as coisas mudem, para melhor claro. Porque se tudo ficar como está, este vai ser um ano longo, aborrecido, apenas salteado com aqueles momentos que nos fazem sorrir. Mas não quero que assim seja. Quero que as lágrimas que chorei, neste ano que passou, sejam pequenos acidentes. Quero que sejam cada vez menos, e que só apareçam quando precisar mesmo delas, para me libertar. Quero esquecer as longas noites sem dormir. O receio e a ansiedade. A desconfiança e o medo de enfrentar a vida. Não quero ser especial, quero ser igual a tantos outros. Peço força. Vontade e determinação. E uma luz.




Mas, e se tudo continuar na mesma?


" Dia 1 " - 01/01/08
( Bom ano )