quinta-feira, 29 de maio de 2008

Corrida

Sinto-me distante de tudo. Até das coisas que me pertencem. Tudo parece vindo de outra terra, de outro planeta. O calor dos objectos já não é o mesmo, e nem a luz do sol é tão forte e clara. Sei que a minha alma está fraca e que os meus olhos estão gastos, mas nada disto faz sentido. Ainda ontem senti todas estas coisas, e hoje estou vazio, indiferente de tudo.
Saio de casa. Passeio por entre centenas de pessoas, pessoas que não se olham, que não sentem, apenas caminham em direcção à futilidade. Será que me está a acontecer o mesmo? Será que esta frieza se apoderou, também, de mim? Eu que sentia tudo, mesmo os mais "insignificantes" momentos. Era tudo tão verdadeiro, único. Agora, esta vida, não passa de uma travessia sem destino ou propósito. Uma vida onde a única certeza é a Morte e onde o Amor está longe.


" Corrida " - 29/05/08

sábado, 17 de maio de 2008

Roses on a Bed

These are roses for your lost friend
The one that should be here
He was alone, he was like you
And the only way out
He found with a shout
Now there's no turn back
You didn't pay attention
And so he's gone

There was a time for us to see
All the things he wanted to be
But today's the day that we knew
What is like to be true

In his grave he rests
For those who feel the same way
He was the first to go
But many others will blow
Now you think about the past
And how it went so fast
Do you remember him by your side?
Keep that image in your mind

There was a time for us to see
All the things he wanted to be
But today's the day that we knew
What is like to be true

There was a time for us to see
All the things he wanted to be
But today's the day that we knew
He was true


" Roses on a Bed " - 18/05/06

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Olhos de um Castanho Aguado

Ainda não percebi o porquê de tanta luta se no fim nada vale a pena. Se os sonhos se desfazem e aparecem os pesadelos. Porquê tanta luta se a única coisa que oiço são «nãos» e pedaços de alma a caírem na terra? Já não sei mais o que dizer. Sinto-me cansado, abatido. No entanto, sempre que vejo uma nesga de luz, a esperança renasce, mas, rapidamente, se transforma em pó, para me deixar perdido e abandonado.
Gostava de perceber o Amor. De descobrir os seus recantos e caminhos. Adorava que este meu Amor não fosse um combate, um combate de onde só eu saio magoado. Quero tanto chorar. Tanto. Molhar a minha face com palavras, gestos e imagens. Lágrimas de Amor ou, talvez, sofrimento.


" Olhos de um Castanho Aguado " - 16/05/08

terça-feira, 6 de maio de 2008

Leif Erikson


Há músicas que nos surpreendem e outras que nos fazem gritar. Há aquelas que nos fazem sorrir e outras que nos deixam lágrimas nos olhos. Umas servem para sonhar e viver e outras para libertarmos fantasmas e medos. Mas, são aquelas que nos encaixam na perfeição que nos fazem ver quem realmente somos, e como nos sentimos, tristes e vulneráveis ou felizes e esperançosos. Música é vida, é esperança e liberdade. Sem ela não temos identidade.