quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Engolido Pelo Medo

A saudade faz de mim um farrapo
E a mágoa dói até ao osso
Ninguém sabe como me sinto
Ninguém sabe porque minto
A verdade é a mais pura das mentiras
E bem no fundo se esconde o Amor
Não sei se algum dia serei a criação
Nesta vida sem imaginação

As escolhas que faço não são as melhores
Estão riscadas e presas aos muros
O meu corpo abriga um cobarde
A minha vida sobrevive da real fatalidade
Por vezes peço aos céus ajuda
Com as palavras mais sinceras que encontro
As respostas são invisíveis e perdidas
Pelo fogo consumidas

O meu futuro está comprometido
Está ligado à Dor e à solidão
A minha luta não terá fim
O meu ser será sempre assim
Hoje derramo lágrimas envoltas em medo
Finas teias onde me prendo
Caminho descalço sobre vidros estilhaçados
Choro momentos por mim quebrados


" Engolido Pelo Medo " - 27/10/08