terça-feira, 31 de julho de 2007

Chuva

Ninguém me disse para voar
Ninguém me disse que a vida podia chegar tão alto
Mas também ninguém me disse que um dia tudo ia acabar
Ainda ontem eras tu em mim
Aqui nos meus braços
Mas agora veio o fim
A minha voz está fraca
Ao sabor do meu coração
Que um barco abraça
E no silêncio oiço um disparo
Forte como um trovão


" Chuva " - 09/08/07

quinta-feira, 19 de julho de 2007

The Scale

I have a sequin for an eye
Pick a rose and hide my face
This is the bandit's life
It comes and goes and then's the breaks
Under a molten sky, beyond the road, we lie in wait
You think they know us now?
Wait 'til the stars come out
You'll see that

Well, I made you and now I take you back
It's too late but today I can define the lack
I made you and now I take you back

Sun, you sleep in clouds of fire
That's all and that's right
My sun, you sleep in clouds of fire
That's all and that's right

I can still feel it when you lie
Pick a rose just to hide my face
Well, if there's something I should know
I seek no science when there is no shape
Under a molten sky, let the days collide
Well, I made you and now I take you back

Sun, you sleep in clouds of fire
That's all and that's right
My sun, you sleep in clouds of fire
That's all and that's right


" The Scale " - Interpol/Our Love to Admire

Virar de Costas

Diz-me algo que eu não saiba
Canta-me canções de embalar
Pequenas histórias de Amor e Dor
Com personagens sem sabor
Todas a peças deixadas para trás
Começam agora a fazer sentido
Tudo à minha volta cede
Tudo o que toco queima
A minha expressão diz tudo
Porque não consigo chorar
Apenas este meu olhar envergonhado
E um sorriso vago


" Virar de Costas " - 19/07/07

segunda-feira, 16 de julho de 2007

CSS

Vida a quanto obrigas
Tantas vezes denunciada
Mas nunca compreendida
As teias que teço são demasiado frágeis
Demasiado corrumpidas pelo tempo
Ignoradas pelo desafio
E levadas pelo vento
Na foz do rio me deito
E com ele me deleito
Ao ver o brilho das estrelas
Reflectido em águas feitas de espelhos
Vê como comecei tudo de novo
Como abracei o sol e a lua
Sou o companheiro do vento
E do seu pensamento
Lá em cima vejo-te abraçada a mentiras
Numa guerra sem travões
E lá de cima percebo
Quais foram as minhas intenções
Na foz do rio adormeço
Fecho os olhos ao passado
Por aqui vou ficar
Até tudo estar acabado


" CSS " - 16/07/07

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Farol

Estou cansado. Mas cansado de uma boa maneira. Estive a olhar as estrelas a noite inteira. E que tão bem me soube. A brisa da noite tocou-me de forma intensa e a luz da lua iluminou a rua que estava deserta. Apenas eu, deitado no passeio. De vez em quando, ao fundo da rua, lá passava um carro. O silêncio era tão forte que quase falava. Quase que me gritava ao ouvido. Baixinho, é verdade. Mas tocava-me a pele como se tivesse vida. E por ali fiquei. Fechei os olhos e sonhei. Sonhei com o que sempre sonho. Contigo. Desculpa.


" Farol " - 12/07/07


Sim, desculpa. Desculpa as minhas palavras e elogios. Desculpa querer sentir as tuas mãos, o teu toque. Desculpa querer beijar-te a toda a hora, a todo o momento. Desculpa desejar-te imensamente. Desculpa olhar-te como se fosses uma princesa. Desculpa seres para mim tudo o que quero. Desculpa significares o mundo. Desculpa seres para mim a vida. Desculpa não conseguir viver sem ti. Desculpa o meu Amor por ti. Desculpa.

" Farol II " - umas horas depois do primeiro...

Not Even Jail

"Oh but all this to learn and your hair's so free
Can't you feel all the warmth of my sincerity
You make motion when you cry
You're making peoples lives feel less private
Don't take time away
You need motion when you cry
We all hold hands
Can we all hold hands
When we make new friends"

" Not Even Jail " - Interpol/Antics

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Hoje o Meu Coração Balança

As tentativas de cartas espalhadas pelo chão
Palavras inacabadas em registos de Amor e Dor
Pequenas palavras cheias de verdade
Registos de pura sinceridade
Não as escrevi para me libertar
Mas sim para te dar mais um pouco de mim
O resto que em mim morava
E que agora teve um fim
As memórias irão sempre voltar
Tão doces e presentes
Mesmo em dias de maior aperto
Serás tu que vou lembrar
Serei na bruma uma luz
E na chuva um abrigo
Um pássaro a voar
Da vertigem não serei mendigo
O presente nunca deixará de ser verdade
E os sentimentos que em mim habitam
Serão os mesmos até à morte
Até ao fim da minha cidade


" Hoje o Meu Coração Balança " - 09/07/07

sábado, 7 de julho de 2007

Regresso Antecipado

Da minha janela avisto as sombras
Pequenos traços de vidas deslumbradas
Com o intenso sonho de viver
E de serem lembradas
Vejo Amor a desaparecer
Quando quem ama quer ser amado
Vejo Dor no pertencer
Quando quem ama quer continuar a amar
Toda a corrupção na minha cabeça
Toda a destruição a meu lado
Não consigo pensar na mais pequena peça
E nesse Amor tão falado
Vejo em mim a desconfiança
Na pressa de ser perfeito
Neste meu caminho destruído
Onde para sempre me deito
Quero o que não posso ter
Desejo quem não me quer
Um despertar falhado
Num regresso antecipado


" Regresso Antecipado " - 07/07/07