sábado, 28 de junho de 2008

Amanhã à mesma Hora

Encontro-me despido de sentimentos
E do calor dos objectos
Hoje estou ultrapassado pelos tempos
E pela necessidade de afectos
Os meus dias são passados na lembrança
De uma tenra felicidade
Sou um pedaço de alma querendo mudança
Num mundo de falsidade
Raramente sentimos Amor no ar
Ou ternura nos retratos
Assim nunca iremos voar
Apenas viver num mísero acto

A verdade surge sempre no fim
Replecta de segredos e histórias
A mentira continua a viver dentro de mim
E talvez um dia se transforme em memórias
Essas teias que não param de tecer
Vestígios de uma enorme Dor
Não quero depois perecer
Sem nunca ter vivido um Amor
Este meu testemunho é mais um Adeus
Mais palavras e tristezas
Talvez um dia sejam reais meu Deus
Num mundo futuro de paixões e certezas


" Amanhã à mesma Hora " - 28/06/08