terça-feira, 31 de outubro de 2006

Because I'm Done

I was alone
Feeling nauseous
Making myself once again
Trying to forget my past
There's someone in the back
Looking straight at me
I fell something's catching me
It must be something I can't see

I'm falling behind
Feeling aside
Trying so hard just to forget
Crawling inside
Killing my mind
Trying so hard just to forget

I'm not myself anymore
See me under your door
I'm feeling sick, I steal
I need to pick someone's pill
Behind these scars I fell
Into a psycadelic hell
I was caught this time
Make sure I'm left behind

I'm falling behind
Feeling aside
Trying so hard just to forget
Crawling inside
Killing my mind
Trying so hard just to forget


" Because I'm Done " - 15/03/06

Mass-Destruction

Walls made of angels
And an house made of flames
A strange homeless inside
And a letter and a name
Thick dust on the air
What a beautiful nightmare
A thousand years to go
And butterflies going with the flow

Waves of mass-destruction
Hurricanes on our way
Beautiful intentions
A million lies to erase


" Mass-Destruction " - 29/09/06
Dedicado ao cowboy George W. Bush

Factos

O verdadeiro sentido das coisas não está ao alcance de todos. Há dias em que nos sentimos perdidos, prestes a colidir com o futuro. Parece que o mundo está a minutos do fim. Perdemo-nos nas profundezas dos nossos mais sombrios pensamentos. As memórias e os afectos tornam-se confusos, os sentimentos misturam-se e o nosso ser passa por uma fase de puro desconcerto. E choramos. Será um teste ou o destino? Talvez seja o fim das coisas e de nós próprios. Tudo isto agarra-nos e atira-nos ao chão e quase sempre perdemos os sentidos. Acordamos horas depois num sítio totalmente desconhecido, onde as pessoas são estranhas e o mundo está ao contrário. Encontramo-nos vazios. E choramos. Queremos fugir para bem longe, na tentativa de esquecer tudo aquilo por que lutámos, queremos afugentar o sentimento de que tudo foi em vão. E isso quebra-nos o coração. Arranca-nos a alma. É, então, quando nos apercebemos que perdemos. E sim, tudo foi em vão.


" Factos " - 31/10/06

Quarto Escuro

Aqui no meu quarto, escuro, permaneço em silêncio. Procuro a vontade e uma caneta. Quero escrever às escuras. Quero lançar ao mundo as minhas solenes palavras, os meus traços de jovem à procura de um momento. Aqui vou ficar até me encontrar. Até algo me tocar e me levantar deste chão frio como gelo. Hoje perdi-me. Hoje chorei e descobri os meus erros. No meu quarto me entendo. Aumento o volume da música para ninguém me ouvir gritar. No meu quarto sinto-me independente mas à mercê dos meus demónios. Hoje quero encontrar-me. Quero o silêncio depois dos gritos. Quero a vontade e uma caneta. Aqui vou permanecer. À espera. Há dias em que as promessas não valem nada, os sonhos são ilusões e o futuro não parece tão risonho. Hoje estou a divagar. A pensar na vida, no que quero e no que não quero. Estou agarrado ao passado mas a pensar no futuro porque o presente me entristece. Estou à janela do mundo a olhar o meu quarto escuro. Estou deitado neste chão frio como gelo a vislumbrar o vazio. Hoje, aqui, espero encontrar-me.


" Quarto Escuro " - 30/10/06

domingo, 29 de outubro de 2006

Long Slow Goodbye

I was trying to hear you
Trying to use you like you do
I wrote these letters just for you
And now I put them in a box
So hard and dull
So many things I've lost
Say goodbye
Say goodbye

So long, I'm moving to the sun
Leaving everything I've done
Just another long slow goodbye
To everyone who's here tonight

Nothing else is a waste of life
A waste of skin and time
Find another space to taste
Another place to hide your face
See me walk away
Say goodbye
Say goodbye

So long, I'm moving to the sun
Leaving everything I've done
Just another long slow goodbye
To everyone who's here tonight

So long
My hopes are a question of time
This is me saying goodbye


" Long Slow Goodbye "

Let Tomorrow Come Today

Say what you wanna say
Do what you want to
There's no other time
This is now or never
Do you feel like talking?
Are you trying to find yourself?
Say what tou wanna say
Don't wait for the last minute

And you fell like you've been ignored
Don't you let yourself bored
These are the words you need
The love to make you complete

When you find life within
You'll know how to reach the skies
Tell yourself not to quit and try
Your heart will find a way
A way of rush to the start
To close your eyes and touch the stars
Say what you wanna say
Let tomorrow come today

And you fell like you've been ignored
Don't you let yourself bored
These are the words you need
The love to make you complete


" Let Tomorrow Come Today "

sábado, 28 de outubro de 2006

Lights

Some lives cannot be saved
Some truths lay beneath our feet
This is manipulation of a mind
Every second dies within the eye
Every single tear falls
Down the skin that crawls
Is now or never
Forever and ever

Just let the sun
Fall over you
Just let the sun
Bright every you

A hand full of nothing
A chest full of hands
Every beat drys the anger
Of a self-destructive trend
Take all the time you need
Just make sure that's the medecine

Just let the sun
Fall over you
Just let the sun
Bright every you


" Lights "

domingo, 22 de outubro de 2006

Hanging Rope

I walk around the block
Feeling everyone
But there's no one around
Step by step I'm on my way
Closed doors from the summer sun
Walking lives empty inside
To low and hollow
No trust and freedom
No hearts to follow

We never came ( we live in shame )
We never came ( we live in shame )

I walk around the same street
Medication is what I need
The summer sun iluminates
But everyone runs from it
Walking lives empty inside
Healthy hearts left behind
I found myself in this big city prision
Runing from people's lack of vision

We never came ( we live in shame )
We never came ( we live in shame )

There's no other joy like feeling alive
Do something
Keep your chances alive this time

We never came
We never came
We live in shame
We live in Shame


" Hanging Rope "

Tempos Ardidos

Juntámos tudo para sempre
E mesmo assim deixaste-me para trás
Agora que eu percebi o que falta em mim
As coisas que trocámos não têm fim
E continuo a guardá-las na mesma caixa
O calor dos objectos é igual e apenas mudou
O sentido das palavras e dos espelhos partidos
Tudo aquilo que tívemos parece efémero
E assim permaneço
Na quietude do silêncio

Cigarros apagados no chão junto ao cinzeiro
E cartas queimadas dentro dele
O cheiro a fumo na minha sala
É a prova da minha dor
Acordo de manhã bem cedo
Depois de uma noite de pesadelos
O teu nome é tudo o que toco
É tudo o que vejo e falo
No silêncio da noite percorro apenas um caminho
Que me leva de volta às minhas cinzas


" Tempos Ardidos "

sábado, 21 de outubro de 2006

Dor

Dor. Intensa e incessante. Implacável e moribunda. Capaz de deixar ao sofrimento o mais pequeno ser vivo. Fria e inevitável. Terrível e agonizante. Momentos que deitam a baixo qualquer um de nós. Mortal e irrespirável. É uma fase, um período. Fracção da vida que nos ajuda a aprender, a encarar tudo de novo. Todos nós sofremos com ela. Não existem excepções nem denegações. Apenas factos e consequências. E sentimentos que nos levam até ela. Amor, ou a falta dele, decepções, rejeições, fracassos, fúria e o ciúme são alguns exemplos que nos podem lever à loucura, para depois serem parte do processo de cura. São provocadores mas ao mesmo tempo curativos. São a consequência e a regeneração. São produtos do nosso ser que nos levam à dor e depois ao renascimento. Tudo aquilo que sentimos resulta da nossa capacidade de interiorização. Da nossa capacidade de assimilar experiências e evoluir. Hoje somos seres capazes do impossível. Mas também sabemos que é impossível escapar à dor. Assustadora e pertencente. Inconveniente mas necessária. Dor: sofrimento; pesar; arrependimento.


" Dor " - 18/10/06

Sonho

Noite. A pequena luz que surgia ao fundo parecia saída de um filme de terror. Era fugitiva e fraca, como se, de repente, surgisse alguém capaz de me assustar. Essa mesma luz continuava ao longo de um lago, perturbante mas ao mesmo tempo calmo. Dava-me a sensação de abandono mas ao mesmo tempo de companhia. Fui caminhando por entre as árvores da floresta à procura de um abrigo, um refúgio. A chuva começara a cair. Dormir era impossível, só conseguia pensar naquela luz. Desde o dia em que chegara só conseguia pensar nela.
Manhã. O sol raiava resplandecente por entre as mesmas árvores que seguira anteriormente. Levantei-me e pus-me a caminho. Horas e horas de um passeio não planeado. Como chegara não sabia. No entanto, as marcas nas pernas e braços davam a sensação de queda, bastante violenta por sinal. Ao fim de quilómetros dei de caras com um rio, límpido e puro. Água cristalina. Estava capaz de a beber toda. A sede apertava. Minutos depois, um uivar sobressaltou-me. Segui o chamamento daquele animal. Algo me dizia que era o caminho certo. Era meu desejo voltar a ver o lago. Mas cedo me perdi. A luz do dia ía desaparecendo. A noite chegara. Consegui dormir um pouco, mas acordei a meio do sono. De novo o uivar. Levantei-me e assustei-me. O animal estava à minha frente. Parecia feroz e faminto. Olhar de predador. Os seus olhos, rasgados, estavam direccionados a mim. E eu pronto para fugir. Mas as pernas não se moviam. Estava preso a tudo. De mãos e pés atados. À mercê daquele animal. Os minutos que se seguiram foram de agonia e desespero. O animal aproximou-se, devagar. Olhou-me nos olhos e ali ficou. De repente, a batida do meu coração acalmou. Senti as mãos e os pés livres outra vez. Aquele olhar, que antes me arrepiava, trouxe-me de volta ao meu quarto. Sossegado. Calmo. Tudo aquilo fora uma visão. Uma lembrança do passado e a recordação da única pessoa que me acalmava. Um sonho, nada mais que um sonho. Um simples mas expressivo sonho.


" Sonho " - 17/10/06

domingo, 15 de outubro de 2006

Nestes Dias

É fogo, é chama
É água e vento
Por ti chamo
Reclamo um momento
Em ti eu quero
Por ti eu espero
Uma luz, um sol
Uma vida envolvida

Os factos são reais
São meus os ideais
Quero-te a meu lado
Nesta relva deitados
Abraçado a ti
Numa areia de prata
Num mar de ouro
E assim te digo
Que és tu quem eu sigo


" Nestes Dias " - 09/09/06

Broken Hearts Will Never Be Free

It's hard to say no
When you look at my eyes
Cuz your light is blinding me
My feet are burning, I'm runing
Take me as I am
And don't follow your big plan
You're the right girl, am I the right man?

Broken hearts belong to me
Our love will never be free
Our love will never be free

Yes I'm thinking about my doubts
Wondering if I'm doing it well
Cuz your troubles are pulling me in
And I'm starting to fall in the swell
Take me as I am
I'll be the right man, don't make a plan

Broken hearts belong to me
Our love will never be free
Our love will never be free


" Broken Hearts Will Never Be Free " - 31/07/06

Fall and Be Held

Fall into you
Fall in your truth
It's all I ever wanted
Fall in your grace
Fall in your face
It's all I ever wanted
Fall in your arms
Fall to heal your scars
It's all I ever wanted

Held by your hands
Held by your land
It's all I ever wanted
Held by your words
Held by your world
It's all I ever wanted
Held by your mind
Held to be inside
It's all I ever wanted


" Fall and Be Held " - 29/09/06

Laços

Este é o caminho que sigo
Através das sombras uma luz vejo
É uma vida, um sinal no escuro
Procuro um momento
Algo que me faça descansar e aproveitar
Esta vida que sigo não tem fim
É um ser infinito em que eu habito

Acordo de uma noite a teu lado
Olho a janela e o sol brilha
Ilumina a tua face, os teus olhos
Agora sim estou descansado
Ao ver-te levantar sigo os teus passos
E percebo os nossos laços


" Laços " - 09/09/06

Shivers

Take it from your head
And put it in your hand
It's a spark, a light, a flame
Nothing more than a name
You wanna take it to the otherside
And wash it in the river
But first you need to look it in the eyes
And when it shivers...

Everytime you close your eyes
It shivers
And all the things you do these nights
It shivers, it's light

With your hands you wash it
So it can be seen by others
But everyone else have one
But you know this is it
Every single time, every single place
It iluminates and brings you grace

Everytime you close your eyes
It shivers
And all the things you do these nights
It shivers inside
In your heart and in your mind


" Shivers " - 09/08/06

Just to Be

We sail today
When the sun goes down
Following the stars and the moon
Following mother nature's sounds
And now you say
I wanted this, I want you
We sail today somewhere new

Here we go sailing away
Breathing today, here we go
Remember our last night
Cuz we're sailing through the light

Let's follow the sea
And everything around us
I want to join you in your bliss
And hold your hands on this ship
I'll be forever in thi place
Just to be in your grace
We sail today, we'll embrace

Here we go, sailing away
Breathing today, here we go
Remember our last night
Cuz we're sailing through the light


" Just to Be " - 07/08/06

Gesto de Chamar

Aquece o espaço
Em que eu habito
E trás de volta o orgulho
Em que eu me embrulho
Os teus passsos voam como pássaros
Livres e deixados ao ar
Dançando livremente
Como uma canção de embalar
Foge para espaço livre
Onde para sempre vais voar

Falta-me o ar
Com o teu gesto

Agora que aqui te encontras
Perco-me no teu olhar
Profundo como o mar
Esse teu abraço que me acolhe
Percorre-me o corpo e o meu medo encolhe
Trazendo de volta o espanto
Que é o teu encanto

Falta-me o ar
Com o teu gesto

" Gesto de Chamar " - 02/10/06

sábado, 14 de outubro de 2006

O Silêncio

Numa sala vazia de tudo um homem tentava encontrar aquilo que perdera. Percorreu cada canto da sala, cada pedaço de madeira que pudesse esconder algo. Uma busca que ao fim de umas horas parecia não ter fim, parecia impossível. Mas ele continuou. O que o fazia mover ninguém sabe, nem mesmo ele. Mas ele continuou. A única coisa que se ouvia, o único som naquela sala era o som dos passos, que ecoavam, secos e curtos. A cada segundo que passava o desespero crescia. A cada minuto o aperto no coração era maior. A cada hora crescia um vazio dentro do homem. Numa das paredes havia uma janela, dela apenas se via o nada. Escuridão. Vazio. O homem espreitou mas nada viu. Tudo em volta desaparecera, ficara apenas o ar, e mesmo esse era pesado e amargo. Os passos continuaram, mas desta vez eram rápidos e inseguros. A impaciência tomava, agora, conta do corpo e do espírito do homem. O desespero era cada vez maior e o homem começava a perder a esperança. A única coisa que lhe restava, que lhe dava forças para continuar. Mas mesmo assim continuou. O tempo foi passando. Ao quinto dia um pequeno raio de luz entrou na sala, iluminando apenas uma pequena marca no chão de madeira. E ali estava o primeiro fragmento do seu sonho. Um sinal. Uma lágrima de alegria. O homem ajoelhou-se e num olhar cheio de mistério tocou-a. A luz tornou-se mais intensa. Foi então que o homem percebeu porque estava ali. Percebeu que não estava sozinho. Tudo ficou mais claro. As palavras começaram a sair em direcção ao pequeno raio de luz. O homem estava a falar com o que procurava, o seu amor. Mesmo sem ver ninguém sabia que não estava sozinho. Promessas incessantes, juras e abraços foram revelados. Naquela sala vazia estava um homem. Falava sozinho mas para todos, sozinho mas para ela, sozinho mas para o silêncio.


" O Silêncio " - 14/10/06

Abriu

Comentem, podem corrigir e criticar...é vosso.