quinta-feira, 17 de maio de 2007

Até Sempre

E choro. Choro porque já não te tenho ao pé de mim. Quando me lembro das histórias que contavas e dos momentos que passámos sinto, logo, uma imensa saudade. Adorei cada visita, a ti e à avó, quando ainda moravam em Lisboa. Adorava brincar na oficina. Adorei aqueles quinze dias que lá passei ainda no tempo dos Jogos Sem Fronteiras. Nunca me vou esquecer do cheiro da vossa casa e da oficina porque adorava aquele cheiro.
Há alguns anos a nossa relação sofreu um revés e passámos a ver-nos menos vezes, e, agora, que te perdi tenho pena de não ter aproveitado mais a tua companhia, a tua sabedoria e alegria de viver. E choro. Choro o que não chorei quando me disseram do teu desaparecimento e no funeral. Não imaginas as saudades que tenho. Agora quando for visitar a avó vou achar tudo tão diferente e estranho, vai-me custar tanto. " Ti Zé Cabeçana ", foram as únicas palavras que ouvi o meu pai dizer na igreja no Domingo de manhã, era assim que te chamavam, mas para mim serás sempre o Avô Zé. Porque é que partiste? Porque é que damos mais valor às pessoas quando elas já não estão presentes? Porquê?
Esta foi a forma que encontrei para dizer que te Amo e que vou sentir imensas saudades tuas. Até sempre Avô Zé...


" Até Sempre " - 16/05/07

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