quinta-feira, 8 de abril de 2010

Quatro


" ... so don´t think that I'm pushing you away when you're the one that I've kept closest ... "



I

Eu acredito no equilíbrio. Acredito, piamente, numa divisão de forças. Acredito numa balança perfeitamente equilibrada, com conta, peso e medida. Se uns têm sorte, sucesso e felicidade, outros não terão essas mesmas coisas. Se uns encontram o Amor, outros não vão ter essa ... sorte. Ainda procurei motivos que me fizessem ver isto de outra forma, mas a minha procura foi infrutífera. Chamem-lhe o que quiserem, destino, fado, vida. Eu chamo-lhe equilíbrio. Nem todos podemos ser felizes, nem todos podemos ser figuras importantes, nem todos amam ou são amados. Não é possível, já aceitei esse facto.

II

Ontem vi-te, no ecrã do meu computador. Com um sorriso do tamanho do teu coração, enorme, curioso e cativante. Lembrei-me do primeiro dia. Lembrei-me do segundo primeiro dia. Sorri, como tu. Depois disse-te «Até já».

III

Acordei eram 9h da manhã. Agora o sol já brilha com todo o seu esplendor. Abri a janela e, rapidamente, o quarto foi invadido por uma sensação de acalmia. Por ali fiquei, apoiado no parapeito, a justificar tudo o que me atormenta. Tentei explodir, gritar, mas isso ainda não consigo. «Passos de bebé Luís, passos de bebé», pensei cá para os meus botões.


" Quatro " - 08/04/10

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