quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Sono Interrompido

Perdi os sonhos nas teias da vida
Percorri caminhos desgraçados
E agora que estou de partida
Piso vidros por ventos quebrados

A fuga não parece tão risonha
Quando não se dá valor ao futuro
Mas é esta a alma que me envergonha
E que se prende ao muro

Espreito por uma porta entreaberta
À procura de segredos
As mentiras são a minha oferta
No meu canto de degredo

Hoje sou o que nunca quis ser
Um homem desprovido de esperança
Onde está o bater?
Onde está a minha dança?

Esta noite vou esperar
Por mais uma escrita
E para sempre pensar
Naquela vida infinita



" Sono Interrompido " - 18/10/07

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