terça-feira, 19 de junho de 2007

Cada Traço de Alma

Por breves momentos pergunto-me se não era melhor esquecer as pessoas que conheço e começar tudo de novo. Partir à descoberta. Ter uma nova oportunidade. Mas não. Não dessa forma.
Na rua, à minha volta, vejo pessoas felizes por fora, e algumas que transpiram felicidade interior, seja por motivos pessoais ou profissionais. Vejo casais de namorados de mãos dadas a trocar beijos e olhares, em perfeita comunhão com o exterior. Vejo pessoas que respiram sucesso. Muitas vezes penso que é isso que quero. Momentos como esses. Simples mas importantes. Vulgares mas significativos.
Eu acredito que todos nós deixamos algo nas pessoas que conhecemos. Uma palavra, um gesto, ou, até mesmo, uma qualquer situação. E são essas coisas que nos tornam únicos. Quem não gosta de ser lembrado positivamente? Ninguém! Eu sou assim. Simples mas dedicado. Sem mostrar preocupação mas preocupado com quem me rodeia no dia-a-dia. Pois, são as coisas pequenas que trazem a verdade. São os pequenos momentos que mostram quem realmente somos. Sou e sempre serei assim. E ainda bem que assim é.
Mas hoje sinto-me um pouco perdido. Sinto-me triste. Sinto-me ansioso. Lá fora, a noite já vai longa. As nuvens cobrem o céu e cobrem, também, o meu quarto. E a cada palavra que escrevo tento penetrar essas mesmas nuvens. Tento atingir a luz. Tocar com as pontas dos dedos o amanhã. Fecho os olhos e abro o coração, porque até num fim há um princípio.

“ Cada Traço de Alma “ – 18/06/07

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