segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Cabo da Tormenta

Se fico colado ao chão
Sofro de permanência
Se continuo a falar
Sofro de mentira
E a vida permanece instável
Um sopro em chama
E uma casa a arder
Duas realidades diferentes
E apenas um só rosto

Na dormência me deito
À espera de um murro
Se fico sentado sem resposta
Não consigo pensar e falar
E se para o outro lado me viro
Talvez seja o verdadeiro castigo
Mas se de dentro sai a voz
Vou segui-la no horizonte


" Cabo da Tormenta " - 09/01/07

1 comentário:

Patrícia disse...

Foi-me recomendado ( =p ) e gostei mto.
Escreves maravilhosamente bem. É bom quando tudo sai ca pra fora com emoção, sem medos ou complexos... mesmo quando só se tem uma caneta e uma folha de papel...
=)