O meu caixão da razão está cheio de segredos, verdades e mentiras. Histórias às quais acrescento pontos e peças de teatro às quais acrescento actos. É um caixão tão fundo quanto as melindrosas teias da mente. À medida que vou atirando pensamentos e guerras interiores, vai enchendo e enchendo, e quando parece que está pronto a explodir ainda aguenta mais um pouco. Até ao dia. E quando esse dia chegar tudo vai ser diferente. Mas o meu maior medo é que esse dia não chegue nunca. E que tudo o que guardo cá dentro viva para sempre em mim. Apesar das inúmeras vozes que dizem para o abrir, sinto que não o vou fazer. Não vou conseguir enfrentar quem devo e lutar por aquilo que quero. E tudo vai ser mais difícil. E o que podia ser fácil tornar-se-á impossível de inverter.
Vivo uma ficção. Um filme daqueles em que o fim é um sonho. Vivo com uma ideia na cabeça, a de que tudo cai do céu. Mas não é assim. E tenho de lutar. Mas ás vezes é tão difícil. Ás vezes parece que não aguento.
terça-feira, 19 de junho de 2007
Caixão da Razão
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