Corri numa planície repleta de oliveiras. Não bati em nenhuma. Fiquei com arranhões nos braços por passar por entre as silvas. Sujei as calças porque caí na terra seca e pálida que os meus passos pisavam. Suei o corpo porque corri numa planície e estava um sol abrasador. Cheguei mais cedo ao meu destino porque corri depressa demais. Apareceste e deste-me água. Bebi-a a um só gole. Estava fresca. Já menos ofegante pedi-te um beijo na face. Tu deste. Disse que te amava. Tu disseste o mesmo. Levantei-me, beijei-te os lábios e corri. Corri pela planície. Olhei para trás e ainda via o teu sorriso. E sorri também. Caí na terra, seca e pálida. Arranhei-me nas silvas. Não bati em nenhuma oliveira. Suei o corpo porque corri numa planície e porque estava um sol abrasador. Cheguei ao meu destino e sentei-me. Olhei o horizonte e imaginei-te a caminhar e a sorrir. E, também eu, sorri.
P.
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