domingo, 3 de fevereiro de 2008

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Se pudesse voar e sair deste sítio, este era o momento indicado. Toda a minha vida veio a descoberto esta noite. Hoje descobri quem sou. Descobri a pessoa que vive em mim. Esta noite, todos os meus fantasmas apareceram e fizeram de mim um homem indefeso e perdido. Perdido entre pensamentos e mágoa.
Tudo o que vivi e tudo o que perdi. Tudo o que fiz e o que não fiz. Tudo isto preenche o meu consciente e deixa o inconsciente à deriva. Estou perdido nesta minha aventura, nesta minha vida que, às vezes, parece não ser minha. Talvez o meu lugar não seja este. Talvez precise de partir e tentar encontrar um outro local onde possa respirar e ser livre. Aqui, sinto-me preso a tudo. Aos meus amigos, à pessoa que Amo, mas que não me Ama a mim, à minha cidade, a tudo. Mas também tenho medo de me afastar. Tenho medo que a separação me deixe mais triste.
Estou farto de me sentir sozinho. Estou farto de adormecer a pensar em tudo aquilo o que corre mal nesta merda de vida. Quero rebentar, explodir. Mas quando parece que finalmente vou conseguir fazê-lo, a minha alma aguenta mais um pouco. E assim vou vivendo. À espera que as coisas apareçam, por magia, à minha frente.

Sei que hoje agi mal para contigo, mas também sei que não o fiz por mal. Eu só quero que a nossa amizade resulte, apesar daquilo que sinto por ti. És muito importante para mim e tu sabes. Quero poder estar contigo e com os teus amigos, e esforço-me nesse sentido. Mas, às vezes é difícil, e tu nem sempre ajudas. Errei, desculpa.

Hoje descobri os meus erros. Hoje descobri aquilo que perdi. Esta noite, os meus fantasmas olharam-me e riram-se do que viram. E choro. Choro erros, paixão e desespero. Choro tudo aquilo que faz de mim alegre por fora mas de alma triste. E choro, choro para sempre...

Desculpa...

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