Estou sem destino neste mundo
Percorrendo caminhos escuros e obsoletos
À minha frente vejo o nada
Vejo um espelho, uma vida desesperada
O medo que me acolhe
É o mesmo que me lança às feras
E o sangue que em mim corre
Pinta de vermelho a alma que em mim morre
A luz amarela do meu quarto
É feita de mágoa e melancolia
Esta folha de papel é o mar
Onde me acalmo e me deixo estar
Na escuridão do meu sono
Vejo fantasmas escondidos em árvores sem folhas
Armados de culpas e mentiras
Transformados em gritos de ira
O amanhã nasce para todos
E todos o vão viver
Para mim é mais um simples dia
Mais um um para me lembrar daquilo que sentia
Os quadros que pinto são negros
Borrados de uma ignorância imensa
E quando neles me deito
Encontro um fim a preceito
Em cada história que idealizo
Sou quem gostava de ser
Paisagens que nunca vou viver
Caminhos cheios de saber
Mas quando acordo
Tudo volta ao mesmo
Cai em mim a realidade
A minha única verdade
" A Cor da Realidade " - 06/01/08
1 comentário:
Nostálgico..Mas bonito! A ultima estrofe é a minha preferida =)
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